[Obs.: os três comentários, a serem respondidos aqui, foram feitos a partir do texto "Bnei Anussim" um perigo na internet]
O primeiro comentário trazia em seu conteúdo uma crítica referente à questão da conversão, na qual expomos como sendo válida somente se feita pela ortodoxia. O autor do comentário trouxe a “possibilidade” desta por outras correntes, como os reformistas. Antes de qualquer coisa, devemos entender que para uma conversão ser válida ela deve seguir padrões muito rigorosos da Halachá, e ao falarmos de Halachá é impossível dizer que os reformistas e conservadores a respeitem em todos os aspectos como esta dita.
Para uma melhor compreensão, para aqueles que como o autor do comentário defendem a “existência de tal possibilidade”, sugiro que procurem estudar História Judaica, de forma ímpar, e nesta vocês poderão encontrar “o que é”, “como é”, “de onde é” e demais questões a respeito dessas “correntes”... Alem de verem que a chamada, Ortodoxia, nada mais é do que o Judaísmo desde seu início até os nossos dias. Sendo assim a única a cumprir a Halachá em seu todo.
(Obs.: a Ortodoxia não se resume a somente a visão do estereotipo de um homem barbado de vestes preta, ou a uma mulher de peruca e roupas pudicas, ela envolve muito mais do que isso, sendo isso uma pequena parcela de um todo)
O segundo comentário, por sua vez, defendia e divulgava uma “certa” “kaballah”, primeiramente devemos entender que a Cabalá e a Halachá são extremamente ligadas e sem esta segunda a primeira é “inexistente”. Outro fato importante a destacar, é a própria palavra “Cabalá”, que significa “recebimento”, sendo por tanto uma tradição que remota ao Har Sinai e que possui uma linhagem até os dias de hoje.
É muito comum em nossos dias, vermos diversos “centros” que se denominam de “Cabalá”, notem que a maioria berrante se quer é judia, até mesmo em países onde a comunidade judaica é maior como nos EUA. Não é porque existem judeus a fazer que é algo sancionado pela Torah, mas o fato da grande maioria se afastar desta é algo a se ponderar. No Brasil o único a tratar o assunto de forma aberta (dentro de seus limites) é o Rav Avraham Chachamovits, o qual possui cartas de recomendação de diversas autoridades rabínicas.
O terceiro comentário, e possivelmente o mais chamativo, desrespeita ao fato do autor deste falar dois absurdos, o primeiro ao analisarmos é o dele defender o fato de “Bnei Anussim” serem judeus e “possuírem uma causa”, o que no próprio texto é deixado bem claro, mas para os que ainda restam dúvidas é muito simples: filho de ventre judaico = judeu, do contrário somente se a pessoa se converter segundo a Halachá.
O segundo absurdo deste comentário, e o mais marcante de todos estes comentários, é o dele usar como pretexto de repúdio aos “Bnei Noach” o fato de Hitler, yemach shemô vezichronô, ser um “Bnei Noach” como este escreve. É lamentável que tal pessoa chegue a este ponto para tentar desvalidar algo. Pergunto a este... quem criou Hitler (yemach shemô vezichronô)? A resposta é simples, D’us. Da mesma forma que criou Noach, Avraham, Itschak, Yakov, você, eu e a todos.
O fato a se notar aqui, é que a todo ser humano é dado o livre-arbítrio, e com este pode decidir fazer o certo ou errado. Em termos mais práticos, você pode desenvolver todo seu potencial segundo a Torah (ou seja, se você é judeu, seguir as 613 mitzvot, ou se é um não-judeu, seguir as 7 mitzvot shel Bnei Noach, ou ainda se converter se for este realmente seu caminho), ou você por ser dotado de livre-arbítrio pode, chasve chalila, fazer o oposto, se rebaixando a ponto de se quer poder ser comparado a um animal, como é o caso de Hitler.
Ser um Ben ou Bat noach, no sentido mais estrito da palavra (sendo aqui comumente usado o termo “Noahide”) é batalhar para desenvolver todo seu potencial segundo a Torah, e assim através do cumprimento das 7 Leis de Noach, procurar uma União espiritual com D’us e Sua Criação. União a qual deve ser a meta de todos os seres humanos, e com a qual é notória a mudança do mundo como um todo para a melhor.